2008-11-30

Lisboa foi a segunda melhor bolsa europeia em Novembro


O último mês foi marcado pela volatilidade. O PSI 20 conseguiu resistir melhor à turbulência que os principais índices mundiais.
O índice de referência do mercado nacional conseguiu apresentar perdas menores que os principais ‘benchmarks’ mundiais, em Novembro, depois de em Outubro ter registado uma queda histórica. O PSI 20 cedeu 2,03% no mês que hoje termina, enquanto os principais índices mundiais tiveram quedas superiores a 8%. A nível europeu, o desempenho do PSI 20 apenas foi batido pelo índice sueco. A minimizar as perdas no mercado nacional estiveram os títulos da Galp e da EDP Renováveis, que valorizaram mais de 16%. A penalizar a bolsa portuguesa estiveram os títulos da banca. Para Pedro Lino, CEO da Dif Brokers, “os problemas com o BPN e o BPP influenciaram o desempenho da bolsa”. O especialista adianta que “a situação do BPP condicionou os títulos (BCP, Mota-Engil, Brisa) onde o banco detém participações directas. Havia receios de que essas participações tivessem de ser vendidas”, explica Pedro Lino. Para além disto, os resgates dos fundos de investimento prejudicaram principalmente o sector financeiro. De realçar ainda a reduzida liquidez na bolsa: “Há muita gente que se afastou e continua fora do mercado”, afirmou o analista do banco BiG João Lampreia. Desde o início do ano que o PSI 20 acumula prejuízos de 52%.
Fonte: DiárioEconomico.com (Rui Barroso) Edição impressa - Finanças 28.11.2008

2008-11-25

Euribor em queda


Há cerca de um mês que as taxas euribor estão em queda consecutiva. A Euribor a seis meses, por exemplo, caiu mais de 1 ponto percentual desde 10 de Outubro de 2008. O aval concertado dos governos às instituições financeiras desbloqueou claramente o mercado monetário interbancário, permitindo que os bancos voltassem a emprestar dinheiro entre si com maior confiança e, consequentemente, exigindo um menor prémio de risco que se vinha reflectindo nas taxas de juros praticadas.
Em Portugal, fruto da predominância do indexamento à Euribor de maior parte dos créditos prestados pela banca, o reflexo nos valores das prestações far-se-á sentir de forma particularmente significativa ao longo dos próximos meses, do mesmo modo que se sentiu a subida anterior. Nesta caso, a desgraça global, produziu um alinhamento de objectivos com a nossa desgraça local, estando a política monetária comunitária agora bem mais simpática para os devedores portugueses.
Quando a Euribor estiver mais próxima dos 3% (ou um pouco menos) conforme se prevê, vamos vêr o que é que as Instituições Financeiras oferecem em termos de taxa fixa.

Recordo que há um ano as taxas a 6 meses nos EUA eram de 5,2% e neste momento a Taxa de referência Americana situa-se em 1%. A ideia de que a Euribor se possa aproximar de 0% começa a fazer sentido.
Ficam os dados acabados de sair (Fonte: BS Markets):
Euribor 1 Mes 3,954
Euribor 2 Meses 4,274
Euribor 3 Meses 4,343
Euribor 6 Meses 4,399
Euribor 12 Meses 4,458
Publicado por economiafinanças.com em 11 November , 2008 Arquivado em Dinheiros
Fonte: OJE/reuters 28.11.2008
As taxas Euribor voltaram a descer hoje, com a taxa a três meses, indicador principal dos empréstimos interbancários, a cair para 3,853%, o valor mais baixo desde 26 de Fevereiro de 2007.
A taxa a seis meses, principal indexante do crédito hipotecário e que tinha subido para o valor máximo em 14 anos no início de Outubro, recuou para 3,897%, nível mínimo desde Janeiro de 2007.

Comparar depósitos a prazo


Segundo se relata na imprensa de hoje o Banco de Portugal colocou em consulta pública um regulamento que visa garantir maior comparabilidade entre alguns produtos bancários, nomeadamente depósitos a prazo.
“(…) No que respeita os depósitos a prazo, os bancos terão de referir qual a taxa de juro a ser praticada, a possibilidade de movimentação antecipada de fundos aplicados no depósito e a eventual penalização sobre os juros, a existência ou não de capitalização de juros, as condições de renovação do depósito, entre outras informações.
Em relação à abertura de uma conta à ordem, sobressai, nomeadamente, a exigência de uma clara indicação das comissões aplicáveis, descobertos autorizados e respectivas condições, entre outras.
O Banco de Portugal nota ainda que a existência de uma ficha de informação comum a todos os bancos para depósitos, vai permitir ao cliente comparar alternativas apresentadas por outras instituições de crédito. (…)”

Publicado por economiafinanças.com em 17 November , 2008 Arquivado em Instituições Financ., Regulação Económica

Inflacção para 2009


Em 2008 a previsão da taxa de inflacção foi de 2,6%. Em princípio, o ano fechará com a taxa de inflação nos 2,8% ou 2,9%. Recordo que o Governo perspecivou há cerca de um ano, uma inflação de 2,5%.
Ora este ano acho que o que se passou no último mês será uma referênca mais plausível do que o que aconteceu nos restantes meses do ano, assim, se considerar que a variação homóloga de 2,3% é um bom número para extrapolar para 2009, é fácil a previsão feita pela Comissão Europeia que preve a taxa de inflação para 2009, em Portugal, precisamente nos 2,3%.
Desta vez eu acrecentaria um “menos” ao 2,3%. O feeling é de que em princípio a inflação ficará muito aquém da previsão do Governo (que é de 2,5%) e que poderá inclusive, fruto da crise económica internacional (e de alguns factores de agravamento nacionais, como sejam o forte endividamento, a guerrilha que se intensifica no Retalho, ou até mesmo a descida do IVA que terá finalmente impacto num ano completo), aproximar-se dos mínimos históricos. Sendo como sempre um exercício de risco, sê-lo-á particularmente assim no actual contexto.
Mas não será estranho, ao se prever 2,3%, estarmos a dizer que o Governo está a prever a inflação por excesso? Bem, ninguém sabe exactamente o que pretenderá o governo fazer em relação a alguns aspectos que podem condicionar a inflação como sejam a actualização dos preços nos transportes subvencionados (passes sociais), ou mesmo ao nível do “combate” ao défice tarifário na electricidade, entre outros. Em todo o caso, em ano de eleições, acho que, como em outros apectos menos populares, a tentação será a de chutar a factura para depois de Outubro de 2009 logo: previsão para 2009: 2,3% ou menos.
Publicado em Economiafinanças.com
Publicado em 18 November , 2008 Arquivado em Dinheiros, Economia Nacional, Números Estatística, Política Fiscal

Banco Virtual


Num mundo globalizado e ultracompetitivo, os serviços bancários no cyberspace vão oferecer novas oportunidades.

Poderia imaginar que amanhã o seu banco faria um "depósito electrónico" (via internet) directamente no seu cartão multibanco, que você receberia o comprovativo através do telemóvel e que poderia sacá-lo de uma "carteira de dinheiro eletrônica"?

Por meio das novas tecnologias e da information superhighway, a virtualização oferecerá novas oportunidades, permitindo aos bancos montar um serviço global adaptado às necessidades de cada cliente e independente do tempo e da localização geográfica.
Isso trará benefícios tanto para os clientes como para as instituições financeiras. Aos primeiros, porque receberão um valor agregado mais personalizado, maior eficiência na administração dos seus interesses e, provavelmente, com menores custos. Para os bancos também é indubitável a conveniência. Além de reduzir custos, é possível que consigam aumentar a fidelidade de seus clientes, diferenciar-se mais facilmente da concorrência e, com uma base de dados enriquecida, actuar nos mercados de consumo.

Há uma razão contundente para que os bancos adoptem serviços virtualizados: se as instituições financeiras não aproveitarem as novas oportunidades que surgem, seguramente empresas de fora do sector o farão.

2008-11-24

Economia e Bancos


Segundo Paul A. Samuelson e William D. Nordhaus, economia pode ser definida como a ciência que estuda a forma como as sociedades utilizam os recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os vários indivíduos. Nesta definição estão implícitas duas questões fundamentais para a compreensão da economia: por um lado a ideia de que os bens são escassos, ou seja, não existem em quantidade suficiente para satisfazer plenamente todas as necessidades e desejos humanos; por outro lado a ideia de que a sociedade deve utilizar os recursos de que dispõe de uma forma eficiente, ou seja, deve procurar formas de utilizar os seus recursos de forma a maximizar a satisfação das suas necessidades.
Os bancos são instituições financeiras que fornecem serviços financeiros à sociedade. Do mesmo modo são o motor de circulação do dinheiro entre os vários agentes económicos contribuindo para a manutenção do comércio internacional. Além da oferta de serviços financeiros, facilitam transacções de pagamento e são um meio de obtenção de capital. São essenciais à Economia através da manutenção do comércio nacional e internacional, pois além da oferta de serviços financeiros e de meios de pagamento, são um meio de obtenção de capital. Existem relatos de sistemas financeiros desde a antiguidade, onde os povos fenícios já utilizavam várias formas diferentes de realizar pagamentos, mas foi no século XVII que os bancos se firmaram, com o lançamento do dinheiro de papel (papel-moeda) pelo Banco de Estocolmo. Nesta época, vários países europeus começaram a produzir sua própria moeda e a partir foi dos sectores mundiais que mais evoluiram e contribuiram para a evolução da humanidade.